sábado, dezembro 31, 2005

monstrinhos

existem dias em que a verdade não dói
existem dias em que ela só consola
cola e recoloca as idéias
abrir as portas do nosso sotão
dos nossos pequenos segredos
que crescem em segredo
e vão se tonrnando mostrinhos
prontos pra nos devorar

guardadas, dúvidas se solidificam
e agente se endidvida com a verdade
quem sabe um pouco de coragem
quebre a barreira que criamos
que nos separa, em vez de proteger

descobrir um novo gosto
um novo cheiro, uma nova cor
em alguém já tão conhecido
de quem não se espera novidade
a cada nova idade experimentada
novas verdades desabrocham
e conhecê-las nem dói mais
pelo contrário, nos conforta
porque o coração já comporta
saber o que realmente se passa
já não é preciso fechar a porta
pra i pedir que o monstro saía
ele simplesmente vaporiza
em contato com o ar, oxida
e a gente segue com a vida
porque ela não para de correr

quarta-feira, dezembro 28, 2005

some :(:): drama


so this is it
is after the end
that begins the shit

now everybody is cheating
on your own feelings
make up everything
to look more dramatic

we start the theater
it's so exaustive
as a Triathlon
trying to handle it
begins the entertainment
oh, and how he mente
(he lies, he lies)
the public is waiting
(loosing my time)
til the tears start to fall down
oh, it's so sparkling
lágrimas tão sparkling
they created the spectacle
and they choose the drama
oh, they love some drama
how sparkling are the lágrimas
some, drama

so you play the victm
and I play the villain
cause it's the perfect excuse
for you not to feel guilty
and everybody understands it
it makes it much more simple
simplifica
simples fica
so they can understantd
they think they can understand
simple has never been
not simples like this
starts the clichê
and they change the cahnnel
to the televisa one
they can get this shit
they think they can understand

they can't
but they can't
even so, they try hard
like it was a soap opera
they search for fofoca
trying to guess the truth

but they never could
no, they never could
this is only between
you and me
and it stops here...
can you all hear?

they ask what happened
and why is all that shit
but they can't get it
no, they won't
they ask an explanation
i'd love to have one
but it's not to give them, damn
it's only our business, then

there is no one to blame
there isn't anyone guilty
in any relationship, and
I tried hard to built it
you try hard to keep it
but circunstances
and a much bad luck
consumed the relationship
but I won't let it consume us
to turn into a relationshit
i got away from it
won't play the game

segunda-feira, dezembro 26, 2005

ócio improdutivo, e com orgulho!

Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2005.

De volta à dura rotina das férias. Acabaram as festas de natal, que são uma bela distração nesse fim de ano de completa morgação. Voltamos a costumeira sucessão de retrospectivas e projetos para o próximo ano. Parece que essa semana que falta para o ano acabar dura realmente um ano de fim... Não acontece absolutamente nada, uma preguiça continental, como se já tivéssemos feito tudo que devíamos ter feito nesse ano.

Minha programação, porém, é agitadíssima. Dormir até 9h da manhã, depois passar mais uma hora com preguiça de se levantar, até ir para o banheiro, liberar o líquido filtrado durante o sono, escovar os dentes para acabar com o sono e voltar para ver tv. Cansei de ver tv, vou procurar alguma coisa para comer. Pregiuiça de comer... Mas é tão chato ficar com fome! Esse é o ser ou não ser das férias. Curtir a preguiça ou curtir o tempo livre. Parece que a preguiça sempre vence. Tenho milhões de livros pra ler. E tenho todo o tempo do mundo para lê-los. Então resolvo deixar para ler no restante do todo tempo do mundo. O mundo nem tem tanto tempo assim, pra falar a verdade. Quanto mais tempo eu tenho, menos eu faço.

Ócio improdutivo? É sim, e daí? Era o que me faltava essa de que temos que aproveitar o nosso tempo de folga para fazer algo útil... Agente não faz nada útil nem no tempo de trabalho, quanto mais no ócio. Para mim isso é só mais uma maneira do modo de produção vigente incutir na nossa cabeça que temos que ser produtivos... Férias produtivas não são férias, é horário flexível de trabalho. Não caia nessa!

Férias é tempo de não fazer nada, como durante todo o restante do ano, mas sem culpa nenhuma de não estar fazendo nada... ao contrário do restante do ano.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

marcas

eu tenho uma foto sua na minha carteira
eu tenho lembranças de você em cima da mesa
tenho seu cheiro ainda na minha cama
e o seu sorriso no brilho do meu sol

eu tenho tantas marcas suas em mim
e, pode ter certeza, nenhuma é cicatriz
são todos registros
de um tempo muito feliz
que eu quero que continue assim
eterno em memória
e que se renove na vida

só espero que você possa ser feliz
e que seja deprezível agora
o mal que eu te faço
frente ao bem que te fiz

sua dor é minha dor
porque eu posso sentir
em mesma intensidade ou maior
dentro e em volta de mim

o tempo vai curar, e só,
o tempo não leva nada
quem leva é o vento
e você não é efêmero
vai ficar

se é melhor bifurcar caminhos
é pra que não se desgaste nosso elo
mas se transforme
se renove
e quem sabe em breve
pare de doer
para que as memórias
se tornem somente saudosas
sem causar nenhuma tristeza

de te guardo somente o melhor
e é muita coisa
recorde de coisas boas
que eu vou sempre recordar

sábado, dezembro 10, 2005

qual a metade do infinito?

.
.




quando pequeno
queria ser grande
cresci só um pouquinho
e então já quis ser mínimo
poder passar despercebido
mas vendo o engano concebido
concluí: melhor ser progressivo

vi a vida pela janela
mas foi só pulando ela
que vivi a vida plena
e pintei a vida em tela

viajei por aí
encontrei com alguém
e então me perdi
alguém me encontrou
bateu na minha porta
e me devolveu eu
saudade do meu eco
o único que sempre
reponde e nunca mente

ele sempre me diz
que permanentemente
tudo é inconstante

e ainda assim agente
não consegue prever nada
o futuro sempre escapa
da nossa mão de vidente

descobri que na nossa palma
há sim o destino da alma
mas em vez de nela escrita
é com ela que se escreve

e que a minha voz
não entoa só lamentos
também encantamentos
e desata alguns nós
até os da garganta

foi então que aprendi
que o dom da previdência
está em deixar correr
todas as minhas reticências

esses fiapos de destinos
ínfimas frações do ínfimo
que me conectam com o mundo
me trazem exclamações
e pontos semi-finais
o que vem depois disso tudo?

eu tinha metade de nada,
depois de muitos infortúnios
consegui metade do tudo...
falta ainda o infinito!

terça-feira, dezembro 06, 2005

há um ano de fim ainda!

Tudo que eu sei é que agora a minha consciência fala e fica exposto que eu não tenho muita coisa a dizer. Eu só quero que passe logo e que o fim seja o melhor do que possa ser. E eu posso até no final me fuder, mas eu não me arrependo de nada, de nenhuma irreponsabilidade, de nenhuma loucura, de nenhum ''deixa pra lá que no final tudo dá certo'', nem de nenhum ''deixa pra lá, que tudo vai dar errado mesmo, então tanto faz''.

Nâo importam quais, tomei decisões, e elas já traçaram meu destino, da maneira menos determinista e mais ambígua possível. Tomara que dê tudo certo, mas mesmo se não der, valeu a pena. E no último ano eu desconstrui o meu mundo e reconstrui outro mais confortável e confiável pra mim. E eu talvez não tenha investido muito no futuro, coisa que sempre fiz, mas investi tanto no presente, que algo deve ficar. E o que eu plantei no passado, não foi perdido, pelo contrário, parece que agora finalmente parece começar a dar frutos.

Faz pouco tempo, mas parece que foi outra vida, já passou. E pela primeira vez eu olho com pura saudade, sem mágoa, nem arrependimento, mas ao mesmo tempo tendo a certerza de que eu fiz o melhor do que poderia ter feito. Tudo bem que errei muito, mas fiz muitos acertos, corri riscos, me risquei, me riscaram, e no final, finalmente sinto que escrevi uma história que vai ficar marcada em mim, não lá no fundo, mas estampada na cara do meu ser.

Não sou mais um menino puro, ingênuo e sem marcas, e isso é ótimo. Era bom ser como antes, é ótimo ser como agora e será maravilhoso ser o depois... mas eu nem estou pensando muito no terceiro! O que importa é que o agora é tudo o que eu tenho certeza, e tudo que está sob meu domínio, é tudo que eu preciso. O ano que vem, a vida que vem, eu vou correr atrás, e seja pra onde eu tenho que me dirigir, eu vou ir rápido, mesmo sabendo que serão rumos completamente desconhecidos, nunca antes desbravados.

Sinto de novo aquele medo saudável de não ter a mínima noção do que vai acontecer, e isso é tão bom... Não me sinto condenado, nem prestes a ser condecorado, e isso é ótimo! Não tenho destino feito, nada que me amarre, pelo contrário, muito fio pra tecer alguma coisa. Não estou solto só no espaço, mas também tenho liberdade o suficiente para oscilar entre tudo que eu quiser até escolher onde quero ficar.

E que no próximo ano tudo que tiver que dar errado dê errado, e que tudo que for pra dar certo, dê, porque eu não acredito em destino, eu acredito em sorte! E que o pior que acontece, é sempre o melhor do pior que poderia acontecer!

sexta-feira, dezembro 02, 2005

pra sair do hiato...

um textinho antigo, mas fofo, hehehe :


impulse!

não desperdície assim um amor
como quem joga uma roupa fora
você pode achá-lo antiquado
ou quem sabe um número mais largo

se não for esse o caso
quem sabe descosturado
mas até se é ruim
é bom mesmo assim

com o tempo se molda
aperta ou folga
pra falar a verdade

dilata e se contrai
no mesmo ritmo
a toda hora...

deixe-se irrigar:
o amor pulsa!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Caminhos

Quem tem muita pressa
quase sempre
muito tempo perde

Quem corre mais
nem sempre
chega na frente

porém, entretanto, mas
quem tem sempre um pé atrás
quase semrpe se estrepa
na hora do arranque...

correr disarado
não importa para onde
mas pra um dia
seja ele qual for
chegar a algum lugar

as vezes não pensar
é a coisa mais inteligente
a se fazer
regurgitar pensamentos
é amolecer

as vezes examinar
todas as possibilidades
é deixar escapar a verdade
entre todas as suas versões

quando não se sabe o que fazer
corra atrás do que mínimo
aqulilo que é seu intrínseco
e não é possível se desconhecer

sexta-feira, novembro 11, 2005

indícios...

de que vive o amor ?
com certeza
não de provas concretas,
como um crime clássico
o amor vive de indícios,
de reticências,
do que ficou no ar...

assassinato discreto
o amor não deve ser um grito,
como um feitiço celta muito antigo
o amor deve ser um sussurro
s o l e t r a d o a o s p o u c o s
sobre a alma do outro

a paixão tem a certeza
tem a prova concreta
a arma do crime a vista:
o amante ensaguentando
banhado do sangue próprio
tentando pulsar dentro do outro
como o outro pulsa dentro de si

o amor tem somente isto:
a digital do criminoso
impressa em cada olhar
que se dispara à pessoa amada
com a mira de quem não atira nada
só detetive sagaz, o bom amado
nota tudo que é disparado
porque como bom criminoso
o amante sempre garante
que realmente foi fatal
atirando de novo
e de novo
e de novo
...por segurança
de que a segurança do outro
seja infrigida

amar é afogar o outro
com o seu corpo
tirar seu fôlego
asfixiar com os braços
em volta do seu torço
penetrar-lhe a carne

atingir sua alma
atirar-se quando preciso
o amante é a bala
o amado é o alvo
mas só sera fata
quando atingir o coração

talvez fosse mais proveitoso
perguntar:
de que morre o amor?
quem pode ser acusado?
suicídio ou assassinato?



Bang, bang, my baby shot me down...

quinta-feira, novembro 03, 2005

deLírio

Que loucura é nossa mente
nossos sonhos nunca mentem
imagino que nem sonhes
que sonho contigo
e quem vai saber também
os sonhos que habito
até porque, afinal,
desejo não possui direito autoral
só possui por possuir mesmo...

delírio é tornar vivo
um instante impossível
sem consequência ou arrependimento
valendo apenas o momento
eternamente válido por si mesmo

que razão tem a loucura
que tanto tempo dura?
o desejo verdadeiro transpõe
barreiras tão, mas tão grandes
que mesmo que tente e võe
nem sequer o amor tem alcance

disância, tempo, desconhecimento
a paixão é seguramente anônima
nos permitindo
o prazer do impossível
degustar o gosto do proibido
um gosto um tanto amargo
quando estamos acordados
mas que no delírio líquido
diluido, é até apreciável

a tranqulidade monotona do real
frente a excitante desordem
do desejo, vence fácil demais
porque esse queima e inflama
se espalhando pelo ser que ama

ainda assim é alívio
poder acordar e ver tudo igual
sem ter posssuido
o que era proibido
sem consequências
e sem ganhos também
só uma lembrança confusa
e o gosto amargo
agora mais azedo
do que nunca

talvez não haja dor maior
do que perder o que não se tem
mas lhe pertenceu
porque se sentiu como seu
por um fio frágil de consciência

os sentidos que descordenam
a falta de sentido que explica tudo
a vontade se sobrepondo a convenção
todos os papiltes se rendendo
ao palpite único da pulsação

as luzes apagam seu veneno
iluminando só o que interessa
nosso corpo acendendo ao desejo
o toque que dá sossego
a loucura que prediz a alucinação
nossas carnes firmes
e nossas almas tênues
mas nada se apaga
tudo se ascende e torna a descer
no ciclo que leva ao êxtase

um não simplesmente não existe
sins não precisam ser ditos
os olhos declamando poesias
sobre a inevitabilidade do desejo
dois corpos que se aproximam
relutantes e sedentos
lábios que entram em contato
corpos que gritam solidão
se sentindo ainda mais imcompletos
quando vai embora o tesãO

sábado, outubro 29, 2005

disparado!

Não quero fazer poesia engajada
me parece um tanto desperdício
mas é impossível ficar impassível
diante da realidade disparada

Nossa guerra pela paz
vencida pela tranquilidade
com que se lida com a violência
porque ás vezes ficar parado
é dar um passo para trás

Nosso costume com o insensato
vencendo qualquer espanto
nosso medo de perder
deixando tudo que resta escorrer

de mãos cheias e pesadas
desperdiçamos as chances
que incólumes passam
ao nosso alcance
mas tão longe
de serem aproveitadas

Nossos fins justificando os meios
esquecendo a falta
que a ausência de paz faz
entupidos com medo demais
o projétil venceu o projeto
resta agora saber
quem vai nos defender
estamos BLINDados de todos
mas a direção do tiro
pode ainda vir de fogo amigo

terça-feira, outubro 25, 2005

escrever sobre escrever

O problema de escrever não é arranjar inpiração, mas organizá-la. Porque idéias e pensamentos nós temos a torto e a direito. O complicado é encadea-los, separando e jogando fora aquilo que não é necessário. Se concentrar na Idéia e tecer em torno dela o texto. É difícil não se perder no caminho, entrando por desvios e atalhos que surgem no meio do processo. E é isso que é escrever, um verdadeiro processo, ao contrário de falar, que é um gesto(quase) espontâneo, escrever pode chegar a ser arte.. Isso porque é uma forma de expressão pensada, planejada, até mesmo tecnizada. Sim, por incrível que pareça há um engenharia por trás de cada poema. Sem uma boa estrutura, o texto despenca. As palavras do escritor se perdem e ganham outro tom, o que acaba desperdiçando toda a mensagem. Nada é ao leu, mesmo que seja espontâneo, porque até a espontaneidade é planejada. Diria até que a falta de regras é a regra mais rígida que existe. E que não me venham me chamar de positivista! Porque o que defendo é que escrever não é rebolar umas palavras sobre o papel, criar expressões bonitas ou parecer inteligente. Escrever com a intenção de ninguém entender é tão estúpido quanto escrever desesperado para que todos entendam. Mastigar demais é tirar p prazer da deglutição do leitor, é atrofiar a mandíbula cerebral...

Cada um escreve do seu jeito, cada um lê da sua maneira.. e assim existem zilhões de caminhos e interpretações. Mas isso não quer dizer liberdade total, aliás é lberdade sim, mas liberdade não é ausência de regras, pelo contrário, é bagunça organizada. Existe um código, uma cartilha que deve ser seguida não por mera convenção, mas para que se possa estabelecer uma comunicação intelingível com o receptor. Quebrar esses códigos é válido se for para comunicar algo, mesmo que uma crítica ou ruptura, mas fazê-lo sem razão é tolice pura. Não que eu seja assim um profissional na área da escrita, mas aqui estão os parâmetros que eu mesmo tento seguir. Enquanto escrevo, formulo e fixo meu pensamento, reforço idéias, descarto outras... Escrever é um processo de construção do texto enquanto agente se reconstrói. Ao terminar esse texto não serei mais o mesmo, não escreverei da mesmo forma. E você provavelmente não terminará de lê-lo a mesma pessoa. Não, isso não é um ataque de vaidade, até porque essa mudança pode ser muito bem pra pior, porque não? Mas de qualquer forma algo vai se transformar, mesmo que mínimo, irrelevante. Concordando ou descordando, p leitor vai se aproximar das minhas idéias ou reafirmar as suas sobre as minhas. Só espero que não continue o mesmo, porque se não o ato de escrever e o de ler ler não teriam sentido.

Isso tudo acabei escrevemdo porque queria atualizar o blog, mas estava confuso quanto a o que escrever. Pensei até em várias coisas, vieram várias ''inspirações'' na minha cabeça, mas nada me pareceu bom o suficiente para desenvolver um texto completo. OU era muito circunstanciais, ou idéias embrionárias. Ou simplesmente não conseguia me fixar em uma só idéia. Resolvi escrever sobre isso então. Sim, gosto de escrever sobre escrever, parece o assunto mais inesgotável que existe. E estranhamente ando escrevendo textos em prosa... Influência de blogs alheios, talvez, ou necessidade de me expressar de outra maneira. Vamos ver qual será a próxima, porque nunca existem vias suficientes de comunicação. Até a próxima!

segunda-feira, outubro 24, 2005

O que é 100% impermável sempre impoça.
Olho pro mundo, um pouco de desespero... Mas já fiz uma promessa: quando todos deixarem de ser religiosos, volto a acreditar em Deus!
Escrevi um texto sobre pessoas vazias...










Isso foi tudo que consegui com a inpiração que elas me deram.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Tree of Li(f)e

Laranja sobre pressão amarela, agente também. Com o tempo, fruta fica madura, agente como elas cai do pé... e apodrece por um tempo, o suficiente pra ficar somente a semente, a essência.

Brota, cresce, fica vistosa. Mesmo se nutrindo de bosta. E assim somos também. Quem disse que só a cultura é edificante? Coisas ''ruins'' também nos fazem crescer, assim como o velho clichê de que os erros nos ensinam a acertar da próxima vez. Também. Porque clichês são apenas boas verdades que já foram ditas vezes demais.

SeMEnTE é aquela verdade que ainda não germinou. É preciso então mentir, que é o mesmo que plantar, agoar, adubar, reforçar a mentirinha e dar todos os recursos pra que ela possa virar verdade, árvore grande e de muitos frutos. Pra sobreviver, uma mentirinha pequena é ínfima diante da imensa que todo mundo sustenta, que é esse sistema. Mas vamos deixar esses filosofismos pra lá. A melhor mentira é aquela sedutora, a mentira arte, que faz com que a ''vítima'' deseje ser enganada, porque ela sabe da verdade, mas se deixa levar por uma versão da realidade que lhe parece mais interessante.

Quando a árvore fica vistosa, gera flores, que nada mais são do que mentiras bem contadas, belas e e inúteis como a boa arte. Sim, servem pra seduzir, e esse é o jogo da vida, que os brutos chamam de futilidade. A arte é um ensaio da vida, um rascunho, um grifo que se passa pelo pedaço percebido or alguém. É um registro, um instante, uma parte, um todo, um ínfimo, um infinito de possibilidades. Assim todo advérbio da arte deveria ser o DoceMEnTE, que é o jeito doce de mentir, seduzir, envolver.

Continuando a analogia, agente vira adulto quando aprende a mentir sem pudor. Sempre dizem pra gente quando criança que mentir é errado... outra mentirinha que dizem só pra não virarmos adultos antes do tempo. Assim é a mudinha que ainda não floresce, não se reproduz, não seduz, não engana. Assim como as crianças não fazem sexo, propagado como pecado na infância, justamente por não ser adequado a essa idade. Porque sexo é uma forma de expiar os pecados, de se redimir, e não o contrário. E crianças lá tem pecado? Claro que não, pecado é quando agente acredita meeeesmo que o que fazemos é errado. è quando agente fica adulto, independente da idade na carteira de identidade. O que são as fantasias se não uma maneira sutil de redimir as neuroses? Melhor brincar de sadomasoquista do que ferir alguém de verdade, é uma maneira positiva de lidar com a violência. Ela faz parte da natureza humana, maquiada pela civilidade. Afinal, o que é a civilização se não um grande teatro?

Assim agente aprende a mentir sem culpa, vira adulto ou adulta, quando descobre que toda verdade é oculta e toda mentira escancarada. É só ver as árvores com suas raízes enterradas e flores exposta. E antes que me venham dar lição de moral, fiquem sabendo que o maior mentiroso é aquele que diz que não mente.

quarta-feira, outubro 12, 2005

requiem

poemas são músicas mudas
que mudam a cada leitura
leitores, ouvintes surdos
que escutam quase tudo
captando vibrações
na tranquila reverberação
que ecoa surda no papel,
mesmo que este seja virtual

letras são notas condensadas
espontaneamente tecem
uma melodia entoada
de maneira planejada

e nunca é a toa
cada um delimita
em que tom se lê
na sua harmonia

palavras, palavras ou palavras
as vezes são gemidos liquefeitos
feito lágrimas molhando o papel
de tristeza e de felicidade

palavras quando combinadas
geram cores inesperadas
tons de verde-anil-azul
não só um simples belo blues

jazem vivas sempre sobre o céu
contando as lembranças de lembranças
de quem já morreu sob o papel
a tinta da caneta é o sangue do escritor
quanto mais escreve, mais ele sangrou

e sendo assim
cada poesia
é um pedaço de si
aos poucos amputados
exorcisados de mim

cada escrito
é um pouco epitáfio
mas nem toda morte
é infeliz
já que a vida
é um fio no abismo do fim
e a queda
talvez seja um alívio
ou a perdição

mas não importa
tenho escrito
um backup de memórias
pra nunca ser esquecido
a não ser que me apaguem
até dos livros
de quem já me leu

domingo, outubro 09, 2005

poeminha

me
ceda
embalado
com seda
um presente...
me permita
te pertencer
aproveita
e me imita
me pertence
tão bem
como só você
sabe ser
e me fazer
estar

sexta-feira, outubro 07, 2005

lado B

eu choro pq não sei entoar um blues
eu berro por não ter melodia
eu me mexo por ser muito duro
minto por não saber encenar
eu risco por não saber transcrever
...
sou artista frustrado

artistas são viventes falidos

eu canto pq eu dasafino na vida
toco já que descompasso no ato
danço pra exorcisar meu retraimento
represento para não mentir d+
escrevo sendo na vida quase mudo
eu pinto pq a vida é muito cinza
desenho já que tudo é tão difuso
fotografo pra preservar algo do tempo-espaço
que sempre escorre
como líquido fluido
sobre minhas mãos vazadas
por isso abro meus poros
os dos sentidos
e capturo um instante
pra registrar sua eternidade[

quinta-feira, outubro 06, 2005

notas

não se pode pagar o preço de uma mentira
a não ser que você seja um suicida
se não, pagará durante toda sua vida
e ainda virá a morrer em dívida

acredite em alguém que se desacredita
para dar esperança pra auto-estima
de quem vale muito, porém
se vende por muito pouco
como quase todos

a vida as vezes é tão repetida
como o mesmo céu claro de toda manhã
nessa cidade frágil de nome forte
a vida é as vezes tão repentina
muda-se uma vírgula
e uma nova história é construída

a vida é tão surpreendida
como uma nuvem só no azul
esperança no calor de meio-dia
a vida é até suspendida
muda-se uma vírgula
e uma história é interrompida

um amor adiado nunca vai ser achado
um inimigo esquecido sempre vai ser lembrado
e num álbum enorme sempre somem mesmo
algumas fotografias
a vida anda tão vazia
andamos tão longe de nós mesmos
talvez estejamos esquecidos
e eu nem sei se quero recordar...reacordem-me

terça-feira, outubro 04, 2005

desa(r)mar

ser amado é ser pelo outro
de tal maneira responsável
que não há como escapar
de retribu-i-lo
da única forma possível
amando,
mesmo que de forma latente
sonolenta e preguiçosa

amar é ato de caridade
que se faz a si mesmo
filantropia que mais beneficia
aquele que a pratica

eu nunca amei pra não doer
se não doeu, então foi gostar
gostar é sempre prazeroso
quando doer, é só parar

amar não, é pra sempre
mesmo que a revelia do amante
e sem permissão do amado
ambos se amam,
mesmo que o amor seja velado

machucar o outro não é desamar
pode ser chamar atenção
pode ser vingança,
mesmo que a um amor antigo
mas cuja raiva se vê refletido
nesse novo que nada tem de culpa


amar dói
desamar mais ainda
um esforcendo tremendo
desarmar o coração
juntar suas tralhas
e ir embora
deixando a si mesmo pra trás

sábado, outubro 01, 2005

untitled one

When it is ok
when everything is just fine
it's hard to love
when you're not falling apart

In the good times
trust can be mistrust
cuz sharing is so hard
but in the bad ones
it is just so good
to have you by my side

When I talk
and you hear
when I need
and you confort me

I don't even have to say plase
you love me like a natural thing
it's so confortble
and I feel shamed
cuz I doubted
the most trustfull thing I have now:
you

I should open my blind eyes
and let my numb skin be touched
and shake my dusted heart
to let me love you like you do

sexta-feira, setembro 30, 2005

de vagar

estou exausto de ser tão apático
não me movo para lugar algum
tão devagar e lenta essa vida
de vagar entre vãs filosofias

estou tão cansado de descansar
meu ócio me consome, me tritura
qual batata no óleo quente, fritura
se eu não me movo, me demolem

chega o caos espontâneo

eu ando meio que meio
divido em uma parte inteira
múltiplos de mim mesmo
eu não tenho mais fronteiras

eu estou parte aqui
parte acolá, mas o que me intriga
é a parte extraviada
devem ter me levado pra Colômbia
ou pra África,
ou algum qualquer lugar longe e difícil de chegar

cheio de si,
há um vazio em mim
exausto de tanto existencialismo
e do nada
mas eu me confundo
com o tudo
nada eu analiso
tudo não é comigo

quinta-feira, setembro 29, 2005

Love is the only medicine to loneliness(I feel sick!)

I feel love
beyond and above
and even within
but not around me

I feel sad
cause some kinds of love
are not allowed
I don't agree
that's my romantic rebeldy
it will free me
from my existencialism
why question why
if all I gotta do is to receive

All the day I think about
what should my life be like
every night I dream
about a nice tomorrow
and it never comes

Love is the only medicine
to existentialism,
and withou it
my life don't make sense

The wind that blows in the window
remembers me you
this feeling of being free
belonging just to you and me

Love is the best medicine
for egocentrism,
and I want it for me

by the whole day
love gives me hope
by the night
it gives me peace
the one I need to sleep

Love is the best medicine
for tiredness,
I allways have the energy
enough to do it
(sex seems not to be a poetic word, but it in fact is)

That's my romantic experimentalism,
running desperately from all the isms

terça-feira, setembro 27, 2005

Forbidden Love

E eles se escondiam para amar, olhem que ironia! Enquanto o ódio e a violência era escancarados no rosto e no punho de muitos, seu amor era velado. Não era por covardia, não era medo, mas questão de sobrevivência. Nessa selva urbana as vezes você se cansa de ter que se enfrentar um, doi, três leões por dia. Ser alvejado por todos os lados, saber se defender do agressor e ao mesmo tempo comprendê-lo, ser superior... entre tanta gente baixa isso parece até ser fácil, mas fica difícil responder tanta hostilidade com algo sublime. Não quje não tentassem, tentavam, e como. Já haviam enfrentando muito, tudo que foi necessário para viverem em paz. Antes de se expor tiveram que vencer a batalha-mor, muito mais difícil do que qualquer confronto externo: a interna. Agora que estavam resolutos do que queriam, e sabiam que aquilo era belo, porque decerto era amor e não deturpação como quase tudo que se espalhava com orgulho pelo opi(o)nismo das pessoas. Sexo não é a principal coisa da vida de nenhuma pessoa, o que não diminui sua importância. Mas acima de tudo estão as pessoas, as vezes tão sem importância, as vezes pessoas são simplesmente pessoas... e isso é maravilhoso. Pessoas não são melhores. nem piores, nem abusadores, nem vítimas, pessoas são medíocres e maravilhosas ao mesmo tempo, só que em planos paralelos... que se cruzam ao mesmo tempo. A como o hibidrismo e a amibiguidade enriquecem nosso modo de ver o mundo!

Viviam seu amor como podiam, às vezes com hora e tempo marcado, as vezes com hora e tempo roubado, mas sempre com um tempo e espaço que era deles. Faziam coisas condenáveis pela moral e ética judaico-cristã-ocidental, mas a mesma já o condenava simplesmente por existirem de qualquer maneira. Podiam ser considerados os mais devassos entre todos, mas eram os únicos que não infrigiam nenhum dos dez mandamentos. Não matava, não roubavam, não traiam, não desejavam ninguém comprometido, só desejavam a si mesmos, e para muitos isso era proibido. Tolo mundo que possui exceções para a proibição da violências, como a imoralidade de toda guerra, e restrições para o amor, como se todos eles não fossem válidos.

De qualquer maneira lutavam, e a maneira mais devastadora possível: eram felizes, vivendo seu amor a qualquer custo. Exibiam desavergohadamente seus sorrisos, suas risadas, suas demonstrações de carinho. Em contraste com a arrogância do exército que espunha seu ódio vil com orgulho, aquilo ficava escandaloso... e assim iam contaminando as pessoas ao seu redor... Vamos subverter valores, let's just love!

sábado, setembro 24, 2005

eu não uso figuras de linguagem

puxa, que chato
eu uso palavras que falo
em coisas que escrevo
que eu podia dizer
mas não digo

eu acho tão bonito
tudo que é tão complicado
que eu não entendo
como um belo quadro
pra se pendurar na parede

eu olho,
enquanto balanço em minha rede
mas talvez fosse melhor dormir...
chega de reticências
a vida é muita vaga
pra se divagar em cima

a palavra e o som,
o escrito e a palavra cantada,
são as formas mais dinâmicas de expressão
que eu considero válidas

é isso que eu faço, eu falo
mesmo que escrevendo, eu digo
não faço arte, nem bibelô,
nem algo feio pra chamar atenção
eu não crio, nem invento, eu transcrevo
e espero que não esperem nada de mim
porque com certeza eu irei me atrasar

quinta-feira, setembro 22, 2005

contra-(o)-ataque

não posso adiar meu ódio,
ele é urgente demais
e muito grande pra se guardar
melhor cuspi-lo que chorá-lo
causando mais dano ao alvo
que ao atirador, aliviado

meu amor porém sempre espera
se esconde, receoso
louco pra sair pelado no meio da rua
gritando amor e encanto com a vida
mas se escondendo atrás da dúvida

o amor é muito controlável
só não no estado de paixão
que é também o menos válido
fulgás e abobalhado

devia dispará-lo sem receio
sem mira, sem freio
atacando a tudo e a todos
fincando beijos e abraços
declarações e olhares
tão fortes como uma tempestade
daquelas feitas de mísseis
num desses países em guerra

não devia ter misericórdia ao amar
não devia permitir que devolvessem-no
nem que me doasse tanto que ficasse nu
não devia se esperar permissão
pra carinhos, pra desejos, pra sorrisos
não devia ter nenhuma restrição
tanto faz amigo, vizinho ou vilão

todo camponês merece pedaços de terra de cada coração

domingo, setembro 18, 2005

Borboleta Preta

fuligem cobria suas asas coloridas
escondendo assim toda a sua beleza
entretanto garantia mais um dia de vida
se camuflando entre a sujeira que reina

apenas um milímetro de diferença
entre tanta mesmice e pasmaceira
seria gritante ao olho
e aos ouvidos vistoso
numa sinestesia ímpar
que só tamanhos insensíveis
poderiam captar

parece que os brutos só tem sensibilidade
para perceber as sutilezas das diferenças
e não enxergam a universalidade das semelhanças

dessa forma, seguia sujo
de sua origem, apenas lembranças
ia de sobras-vivendo
tão longe de seus semelhantes
no meio de tantos iguais
se sentindo estranho por dentro
ao menos pelos outros era aceito...
aprovado por ser o que não era

o maior problema não era a poeira
que por fora lhe cobria
mas as teias de aranha
que lhe tolhiam por dentro
amarras de preconceito
daquele mais puro e gritante:
o VELADO

quando batia asas,
a poeira sacudia
deixando um rastro negro
que quem se aproximasse cegava

e ele seguia como borboleta preta
como mariposa que não sai a noite
e não segue a sua natureza





solidão de si mesmo é quase incurável

domingo, setembro 11, 2005

Salmon Girl

Era a menina mais normal do mundo
Sem nenhum crime na folha corrida
Mas vivendo como uma fugitiva
Porque vivia em um mundo obscuro

Nele, permissão era exigida
Para se respirar no próprio ritmo
Emergir o que havia em seu íntimo
Enfim, para viver a própria vida

Para buscar a sua própria verdade
Deixa pra trás um rastro de mentiras
Mas tudo contra sua vontade própria

Paz era tudo que ela queria
E se mentia era por liberdade
Era pois sobretudo corajosa

sexta-feira, setembro 09, 2005

garotas, garotos... e os outros

garotos são só garotos
garotas são mais um pouco
eles sempre estranhos
elas quase originais

alguns garotos não gostam de garotas
os que gostam não sabem gostar
alguns garotos gostam de garotos
outros não gostam de ninguém

garotas costumam ser únicas
garotos são um pouco iguais
entre milhões de exceções
você ainda é especial

esse é um tema manjado
zilhões de vezes abordado
talvez nunca se esgote
pra quem queira esmiuçá-lo
mas o mistério me intriga
tantas diferenças e rixas
tudo parece tão sublimamente banal...

você costuma ser você mesmo
independente de gêneros
eu gosto do teu gosto
e do que você gosta

beijo, desejo, amor, amizade
queria tudo ao mesmo tempo
e encontro em ti,
por fortuitos momentos

obs: inspiration comes from: Garotos - Leoni

sexta-feira, setembro 02, 2005

+ light (mas mesmo assim, verdadeiro)

tô com saudade do teu cheiro
do teu corpo quente sobre o meu
sinto a falta do teu abraço quando acordo
sinto a falta do teu abraço enquanto durmo
sinto falta e lembro tanto de você
desde nossa despedida
até nosso próximo encontro
no longíquo seguinte dia
parece que o mundo só gira com você
a comida só tem graça com você
já quase desistir de dormir
porque pra mim
meus sonhos são quando acordo
quando eu posso te ver

terça-feira, agosto 23, 2005

águas passadas movem canetas sobre o papel

me perdi nas suas pupilas
e quase me afoguei
lágrimas lubrificavam
meu olhar de dor
e continuava perdido

vi tantas coisas bontias
reflexos dos meus sonhos
desejos e anseios
hipnotizaram-me
pensava que era tão superior
mas eu não percebi
pensei que vinhessem de ti

fui frágil no começo e no meio
da queda, submergindo
nada ágil na hora de esquecer
nadar pra cima pra respirar
fogo fátuo queima tão mais
e resiste por tempo demais
para apagar suas marcas

não entendo como intenso foi
e fácil se apagou
parecia tão real
como espelho que se toca
e nada se sente
além de frio e a sensação
de decepção que se segue
a todo pico de delírio
causado por uma paixão

não fui tonto
só burro e iludido
enfim, tudo que poderia ser
na pretensão incosequente
adolescente de paixão

depois de ti,
calmaria
cheguei ao tédio,
não minto
mas o prefiro
à alucinação
de ti

quinta-feira, agosto 18, 2005

sinto muito, mas ando escrevendo pouco

Ancioso pelo futuro... mas nossa, quando olho pro passado chega me dá ânsia, só que de vômito. Porque agente é tão burro? Porque busquei as coisas erradas e encherguei os sinais errados? Meu coração é muito burro!
Bom, pelo menos não fiz muita merda, nada que não se pudesse consertar... enfim, fudido, mas ainda vivo, como eu costumava dizer. Pra falar a vedade tô tão bem hoje em dia que nem usaria de novo essa frase. Acho que por isso mesmo eu não tô escrevendo muito, não tenho muita inspiração pras minhas crônicas-poéticas-byronianas... tento escrever sobre as coisas boas que acontecem comigo, tô tentando me acostumar a colocar bons sentimentos no papel.
Bom, esperem que daqui a pouco vem coisa nova por aí.

educação do coração em curso(soy brega, pero soy feliz!)

segunda-feira, agosto 01, 2005

Necessidade

prometo ser só teu enquanto formos livres
pertenço a nós dois enquanto formos sinceros
um com o outro
prometo te amar como posso
e não como posse minha
mesmo que deseje as vezes que fosse só meu
e que nunca tivesse sido de nenhum outro
mas se de outro fostes, de outro não és mais
e você tem seu própria escritura
não cabe a mim te demarcar
apesar do que esse seria um trabalho
que minha língua iria apreciar
prometo não ter metas,
mas tentar tudo que estiver ao meu alcance
ou mesmo tudo que eu ouse alcançar,
mesmo que eu não possa
pois você me dá força
por menos que pareça
você é que me sustenta

Ainda sinto o gosto
o tato, a textura, a maciez dos teus lábios
ele me marcam
marcas de amor
cicatrizes de prazer
bem fundo em mim
você me envolve
estou envolto em você

prometo nunca fazer promessas que não vá cumprir...
por isso minhas promessas vão parando por aqui

quinta-feira, julho 28, 2005

Ar

''Não importa quem você é, não importa de onde você veiu
você sempre pode se tornar uma versão melhor de si mesmo''
Madonna



.
.
.
Inspire.

segunda-feira, julho 11, 2005

rascunhos estranhos

tanta coisa qcontecendo e eu aqui remoendo tudo q orbita ao meu redor.... escrevi coisas estranhas sobre coisas estranhas q vêem acontecendo comigo, se você não entender, tudo bem, eu não entendo também. mas na verdade se tratam de ppesias inacabadas, já que os seus assuntos/inspiração/causas ainda não estão acabados, e eu nunca acho mesmo que o que escrevi está pronto. portanto, me aceitem assim, pleaz.

--olha o primeiro, escrito antes de tudo, mas mais válido do que todos depois do que se foi:

GAME OF LOVE AD

você quer apostar tudo que tem?
botar em risco sua intergridade econômica e moral?
quer jogar fora todos teus conceitos éticos e dogmáticos?
quer revirar tuas convicções ao avesso?
quer rever todos os seus medos?
desenterrar teus fantasmas?
quer ver a vida crua?
jogue o jogo do amor
tudo e nada ao mesmo tempo
uma sequencia banal de inesquecíveis acontecimentos


**já isso veiu depois, mas parece que confirmou o antigo...

+ do q se diz


nem só de sorrisos vive o amor
nem só de gozo sobrevive o sexo
ada coisa tem seus vários eixos
vários pilares, é um processo
uma sequencia de várias coisas
coisas chatas, coisas boas
uma leva a outra
e no final todas se encontram...
é o q estou procurando
o encontro

com você
pra achar nós dois


densconjuntado aprecia o conjunto

você é uma pesoa que mente com vergonha
eu acho bonito isso
você ainda não se profissionalizou
como quase todos no mercado
você pôs todas as cartas na mesa
cartas belas, cartas feias
zainda não me acostumei com elas
as novas misturadas com as velhas
não compreendi aida seu significado conjunto
mas eu amo cada parte sua
não é nenhum conjunto de coisas
que vai diminuir as boas
eu gosto de você não apesar de,
mas com tudo isso junto
você as vezes me machuca um pouco

sem querer
talvez me machuque as vezes
por querer

mas tudo bem, somos humanos
não julgamos
não somos ,
estamos
e seremos...
até que possamos ainda ser

##e agora, a poesia mais erotica!

canudinho

bebendo água de côco
lembro do teu gosto
o sabor da maresia
lembra o sal da tua língua
queria sorver tua saliva com canudinho
e devorar teu endocarpo com tua própria casca

te comer como brigadeiro
lambendo cada colherada
pra não desperdiçar nada
te aproveitar inteiro

nosso encontro é como pastilha de menta,
quando agnte se esfrega até derreter
sempre acaba antes da gente se satisfazer
quanto mais bja, mais tenho vontade de bjar
como pastilha de menta
deretendo na língua


****meu deus, como eu coisifico as pessoas!!! mas tbm, we're living in a material world, and I am a material girl, como dirria a grande filósofa Madonna. Num mundo capitalista como o nosso, amamos as coisas como pessoas e nem nos importamos mais com o gênreo gente. então eu, como protesto e expressão artística, amo as pessoas como coisas, já que as segundas são colocadas em primeiro lugar normalmete no gostar.


obs: se algm entender, por favor me explica!

quarta-feira, julho 06, 2005

meu sofá, meu céu, meu mar

você é como um grande e belo sofá confortável
onde eu me acalmo e me sinto bem
você não é qualquer um, você é certo alguém
que eu quero sempre perto,
porque você me faz bem

você é meu travesseiro, meu conforto
não se trata de uma coisificação
porque eu me importo
mas essa sensação que você me causa
lá na minha alma é tão forte
como uma impressão dos meus sentidos táteis
dos meus sensores de pressão sob minha pele
você está sobre ela
e de alguma forma você transpassa
de alguma forma eu sou permeável
você me encharca
vocÊ ME envolve
me embevece...
me aquece também

eu adoro o gosto gelado dos teus lábios
eu adoro abotoar os teus botões de rosa
essa cara tão fofa
tão sincero, você é tão belo
quando abre um sorriso é uma janela aberta para o céu
meu sol, meu mar, você é minha praia
meu descanso
às vezes eu canso de te amar
mas eu sempre tiro energia extra
de onde eu achar
você me consome
mas me revitaliza
a amar, o mar da tua sáliva
eu navego e descubro novas ilhas de prazer
conectadas com a vontade e o desejo de te amar
teu amor me dá tesão
tua ternura me apetece
com um carinho tão grande que chega vira sexo


mas agente começou bem antes dessa barreira
e vai terminar bem depois
nós dois somos tão nós dois
juntos não somos um
somos muitos, podemos ser até nós mesmos

quarta-feira, junho 22, 2005

giro em 360 graus em torno do umbigo

Volta ao umbigo
em 360º graus
7 mil léguas
subcutâneas

mergulho em si mesmo
auto-conhecimento?
auto-centramento?
egoísmo?
eu???

Viagem ao centro do umbigo
indivisível
há certo dualismo:
um nó, amarrado em nós mesmos
o nó que nos liga a nós
foi partido quando nos demos por nascidos...
...foi meio que sem querer

o que me leva crer, que se exitisse uma, ela seria assim:

*Cartilha capitalista:
ser um é ser parte
partilhar é não ser
existir é estar aparte
ser um ego =
ser um maniqueísta =
o ego x o outro(o resto)
não se deve ser uma_unidade

diz-se que devemos ser plurais
somos organismos
cada um seria uma célula
vivemos em celas
montados com selas
do nosso próprio egoísmo
governados por nosso vazio
incessante em busca de ser preenchido
tragamos o mundo
tragamos pessoas
tragmaos tudo
devoramos
deglutímos sem mastigar
não digerimos
no nosso hedonísmo
estamos intalados

orbitando ao redor do umbigo
giro em torno de mim mesmo
fico tonto, tropeço
caiu sobre o outro
me machuco, machuco também
qualquer um, qualquer alguém
não importa, além de mim
só os outros, o resto
eu presto?


Ninguém é tão diferente como eu sou
Ninguém pode ser igual a mim
Toda diferewnça como fronteira
cada fronteira, uma barreira
indestrutível, incomunicável
só a transcendemos para fornicar
que coisa linda... até parece que o sexo irá nos salva
será? talvez... mas não sozinho
por acaso, amor e sexo combinam?

Tantas orbitas paralelas
desequilibram o sistema
Tantos centros de gravidade
de massa quase desprezível
pois ego não é medido
a não ser em extensão
que é o quão longe ele pode nos manter
de tudo que não é espelho

EU, abrigo de mim mesmo
EU, protegido do inimigo
EU... e quem mais?

Tudo que transpassa o umbigo é ameaça
à minha unidade individual
à minha integridade
inviolável
impénetrável
e impermeável

ser (h)uma_unidade(?)
não é mais ser o todo
pois o amor a si mesmo
transcede o amor próprio

...

segunda-feira, junho 20, 2005

... depois do fim, o começo

passando rapidinho na segunda apertada(tenho aula o dia todo) pra atualizar, toh colocando um pedaço de uma poesia q eu jah tinha postado , mas saiu cortada... esse eh o comecinho(mas se bem q parece meio independente do resto, sabe qndo vc começa a escrevver uma coisa e emenda na outra? axo q foi o caso. por isso q ainda naum tinha corrigido o ''erro''. como naum tenho tempo pra digitar um poema q eu fiz no caderno, toh postando essa soh pra atualizar mesmo,hehehe. mas aguardem, logo, logo tem coisa nova por aki)


você é uma obra de arte manual
mais perfeita do que sua inspiração
com a imprecisão das coisas da natureza
foi feita a sua rara beleza

quantos novos e estranhos sentimentos
quantas perdas, quantos ganhos
quantos sentimentos existem?
quando nenhum me será extranho?

se o amor pode ser sentido em várias intensidades
não deverá ser amor, porque o amor entope os poros dos sentidos
impedindo qualquer percepção detalhada do que seja
além de ser bom, não se pode medir, nem pesar
porque escapa de qualquer dimensão conhecida
o amor é um misterio tão familiar
uma arma tão inócua com o poder de matar

terça-feira, junho 14, 2005

mentir é ruim

me sentindo mal com esse negócio de ficar escondendo minha vida. ter q inventar mentiras, desculpas pra fazer o que eu não tenho culpa...


estou cansado de mentir
pra poder ser eu mesmo
minto o mínimo que é possível
mas mesmo assim é muito pra mim

não queria ter nenhum segredo
mas toda essa hostilidade me deixa com medo
porque não posso ser eu mesmo?
seguir minha natureza sem criar artifícios?
porque meu amor é classificado como vício?

eu só quero amar, eu quero amor
quero ser sincero
quero me sentir belo
quero me sentir qualquer
quero me sentir mais um
porque não sou exceção
não sou erro de fabricação
não sou aberração

meu motivos não precisão de explicação
minhas vontades não necessitam embasamento filosófico
desejo não é questão moral
sexo não é filosofal
faz-se

terça-feira, junho 07, 2005

cachorro

sou bastante cavalheiro
com intenções de um cachorro
não quero seu coração,mas seu corpo
sou em parte verdadeiro
do outro lado mentira
o que me move é minha calma
e o que me para é minha pressa

aonde o vento soprar
quando for contra a maré
eu quero navegar
em qualquer direção
sentido ou contra-senso
que mande meu coração
ou fazendo o que penso

o que eu sinto é vazio
meu objetivo era esperar meu bem
mas quando a felicidade
passa voando bem alto
agente se esconde embaixo
de qualquer abrigo
com medo do perigo
de machucar como fui ferido

aonde começa o passado
o que acaba comigo
é não entender o presente
que você me entrega
de mãos abertas
acontece que meus poros
estão bastante recebtivos
mas meus vasos estão todos contraídos
eu tremia de frio
e agora me pele se enrijeceu de dor

já não sinto mais medo
arrependimento ou rancor
tudo o que eu quero
é descongelar minha dor

aonde aja abrigo
ou alguém que ande comigo
não vou estar fugido
seja onde for

meu lar é a estrada
meu endereço é perdido
sai, fui embora sem aviso
se me encontrar... me liga

terça-feira, maio 31, 2005

meio perdido no meio do teu sabor

você é uma prece que eu fiz há pouco tempo
e se realizou, quando tudo que eu queria era um pouco de amor
você vem me dar tudo que não estou preparado pra receber
tenho medo do que eu possa a vir fazer
com o amor que você me entrega
não quero que você fique na espera

esse é um desabafo, algo que não pertence a mim
eu não entendo o que é ser feliz
talvez eu seja e nem percebi
essa é minha dúvida, eu afirmo que sim
confirmo que realmente estava errado
e tenho novas dúvidas pra me atormentar
e é excitante ter novar coisas a descobrir
tantos novos gostos
não sei dizer se é bom ou ruim
mas eu gosto e quero mais e mais pra mim


um cheiro que lembra um gosto e uma sensação
um gozo de estar em contemplação
juro que não é amor, é algo novo como nunca senti
sei lá, mas eu vou curtir

essa é minha alma eu vou cantar pra você
você é minha melodia preferida
tão calma, mas tão forte
você sorri com uma luz de vida
seria luz divina?
intensa contemplação
te sinto bem perto
te toco e te aperto
contra meu coração
você pode sentir cada batida?
meu pulso reverbera no seu corpo
falo no seu ouvido coisas que eu sinto
penso em você quando não estás aqui
tua presença suga toda minha atenção
e você me dá coisas que nunca recebi
e eu nem sei se quero de você,
mas é bom receber

domingo, maio 29, 2005

me beliscando no sonho

você me lembra
o sangue que corre nas minhas veias
no seu rosto
vejo o reflexo de cheiros e gostos
que eu qro descobrir
um universo de sensações
q eu qro experimentar uma de cada vez
sem pressa, sem demora
mas sempre, o tempo todo
eu sinto na minha boca a língua
e vejo como ela é macia
eu olho pro meu corpo
e vejo como sou gostoso
narcisismo? deixe de ser bobo
soh qro dividir isso tudo com vc
eu me dôo
eu me entrego a vc
eu sinto prazer em respirar
me sinto bem em existir

quinta-feira, maio 26, 2005

olha q coisa legal!

quais as notícias mais importantes do dia q vc nasceu?

tipo... fugindo um poko do assunto principal, olhem q link legal: http://istoe.terra.com.br/gentedinamica/aniversario/aniversario.asp?nome=bruno+reis+lima&dt_nasc=01%2F12%2F1987

esse foi meu resultado, se vcs quiserem saber quais as principais notícias do dia em q vc nasceu eh soh ir em http://istoe.terra.com.br/gentedinamica/aniversario/index.asp
engraçado, lah diz as músicas mais tocadas na época... e eu gosto da maioria! mas o q me xamou a atenção é q a são canções bem melancólicas... serah q eh por isso q eu sou assim? sei lah, num sei se acredito nessas coisas, mas num acreditar em nada deixa a vida tão xata... fora q eu nasci numa tarde chuvosa, podia haver coisa mais melancólica??? axo q tudo tem uma ligação....

deus sabe...ou não!

terça-feira, maio 24, 2005

sinto muito, falo pouco, ouço tudo... principalmente o que não se diz. por isso fico mudo, vendo surdo conversarem entre si

sinto muito, falo pouco, ouço tudo que naum se diz

+mais+mais+mais+mais

antes q reclamem q não sabem inglês, aki vai uma em português... se bem q mesmo sendo em nossa língua mãe é difícil de entender essa, nem eu entendo... mas como já disse, a obra transcende o artista, ela q me usou pra vir 'a tona, vinda diretamente dos misterios ulullantes q flutuam em nosso inconsciente... ai, ai... poooois eh!

obs: esclarecemos q o responsável por esse post não é usuário regular de drogas, nem nunca experimentou nehuma além da própria vida. não se trata tbm de um estado alterado da mente por qlqr outra substância mesmo q lícita. repetindo: não, ele(eu) não está(ou) drogado, ele nasceu assim mesmo!

*eu, quem, sou, onde estou?''

entre todas as viagens sou a partida
entre as enfermidades a apatia
dentre as sombras, a penumbra

na minha incostância sou permanente
num ciclo meio elíptico
e bem perdido
orbito em torno de mim mesmo
mas na minha individualidade sou o outro

no meu egoísmo compartilho
o que não tenho principalmente

entre dois sempre o terceiro
do destino minha parte é o acaso
entre os cabelos as mãos

entre jogos de azar o amor
entre preferências o q eu odeio
eh o q mais me atrai

entre resultados, o processo
entre todos os fins... o meio.''

some say: he was to young to die, but know one is old enough

sinto muito, falo pouco, ou�o tudo que n�o se diz

pois eh, aki vai uma primeira via de pensamentos:

''She might not
have lived all
but she lived a lot
not enough
cause it's never so

but she did a lot of things
without her I wouldn't be here
neither a big part of my world

maybe almost anyone
know her story besides us
and it's a very big one
in all aways it might mean

sweet women, strong girl


she mainteined we all standed up
even when all we wanted to do was cry
when even tears missed sense
cause there's nothing capable to express
the pain and misery that crushes ourselfs
when everything failed,
she was there

and in the end of her life she looked a little tired
not that her courage was gone
but it have been seeded all her life long
and if she rests now, it's our job to keep on moving
it's a hard new situation
that we have to use all the lessons
she have ever teached us
I'll remember you''


bom, qm me conhece talvz entenda, espero q qm não conhece entenda tbm, msmo sem saber a q me refiro, mas ''a obra não pertence ao artista'', como diria eu, hehehe

premiére

gente, acabei de criar esse blog sem querer... ia comentar num blog de um amigo meu, mas tinha q se registrar, então acabei criando um tbm. bom, mas axo q essas coisas do acaso sempre são bons empurrões para se mudar de planos, dar uma passada a limpo nos sonhos. pois eh, fazia um tempão q qria fazer um blog, mas nunca tive paciência. gosto de escrever, me expressar, falar o q penso, o q sinto, ou simplesmente expor o meu vazio. e eh isso q vou fazer por aki. esperem e confiram!