quarta-feira, junho 22, 2005

giro em 360 graus em torno do umbigo

Volta ao umbigo
em 360º graus
7 mil léguas
subcutâneas

mergulho em si mesmo
auto-conhecimento?
auto-centramento?
egoísmo?
eu???

Viagem ao centro do umbigo
indivisível
há certo dualismo:
um nó, amarrado em nós mesmos
o nó que nos liga a nós
foi partido quando nos demos por nascidos...
...foi meio que sem querer

o que me leva crer, que se exitisse uma, ela seria assim:

*Cartilha capitalista:
ser um é ser parte
partilhar é não ser
existir é estar aparte
ser um ego =
ser um maniqueísta =
o ego x o outro(o resto)
não se deve ser uma_unidade

diz-se que devemos ser plurais
somos organismos
cada um seria uma célula
vivemos em celas
montados com selas
do nosso próprio egoísmo
governados por nosso vazio
incessante em busca de ser preenchido
tragamos o mundo
tragamos pessoas
tragmaos tudo
devoramos
deglutímos sem mastigar
não digerimos
no nosso hedonísmo
estamos intalados

orbitando ao redor do umbigo
giro em torno de mim mesmo
fico tonto, tropeço
caiu sobre o outro
me machuco, machuco também
qualquer um, qualquer alguém
não importa, além de mim
só os outros, o resto
eu presto?


Ninguém é tão diferente como eu sou
Ninguém pode ser igual a mim
Toda diferewnça como fronteira
cada fronteira, uma barreira
indestrutível, incomunicável
só a transcendemos para fornicar
que coisa linda... até parece que o sexo irá nos salva
será? talvez... mas não sozinho
por acaso, amor e sexo combinam?

Tantas orbitas paralelas
desequilibram o sistema
Tantos centros de gravidade
de massa quase desprezível
pois ego não é medido
a não ser em extensão
que é o quão longe ele pode nos manter
de tudo que não é espelho

EU, abrigo de mim mesmo
EU, protegido do inimigo
EU... e quem mais?

Tudo que transpassa o umbigo é ameaça
à minha unidade individual
à minha integridade
inviolável
impénetrável
e impermeável

ser (h)uma_unidade(?)
não é mais ser o todo
pois o amor a si mesmo
transcede o amor próprio

...

segunda-feira, junho 20, 2005

... depois do fim, o começo

passando rapidinho na segunda apertada(tenho aula o dia todo) pra atualizar, toh colocando um pedaço de uma poesia q eu jah tinha postado , mas saiu cortada... esse eh o comecinho(mas se bem q parece meio independente do resto, sabe qndo vc começa a escrevver uma coisa e emenda na outra? axo q foi o caso. por isso q ainda naum tinha corrigido o ''erro''. como naum tenho tempo pra digitar um poema q eu fiz no caderno, toh postando essa soh pra atualizar mesmo,hehehe. mas aguardem, logo, logo tem coisa nova por aki)


você é uma obra de arte manual
mais perfeita do que sua inspiração
com a imprecisão das coisas da natureza
foi feita a sua rara beleza

quantos novos e estranhos sentimentos
quantas perdas, quantos ganhos
quantos sentimentos existem?
quando nenhum me será extranho?

se o amor pode ser sentido em várias intensidades
não deverá ser amor, porque o amor entope os poros dos sentidos
impedindo qualquer percepção detalhada do que seja
além de ser bom, não se pode medir, nem pesar
porque escapa de qualquer dimensão conhecida
o amor é um misterio tão familiar
uma arma tão inócua com o poder de matar

terça-feira, junho 14, 2005

mentir é ruim

me sentindo mal com esse negócio de ficar escondendo minha vida. ter q inventar mentiras, desculpas pra fazer o que eu não tenho culpa...


estou cansado de mentir
pra poder ser eu mesmo
minto o mínimo que é possível
mas mesmo assim é muito pra mim

não queria ter nenhum segredo
mas toda essa hostilidade me deixa com medo
porque não posso ser eu mesmo?
seguir minha natureza sem criar artifícios?
porque meu amor é classificado como vício?

eu só quero amar, eu quero amor
quero ser sincero
quero me sentir belo
quero me sentir qualquer
quero me sentir mais um
porque não sou exceção
não sou erro de fabricação
não sou aberração

meu motivos não precisão de explicação
minhas vontades não necessitam embasamento filosófico
desejo não é questão moral
sexo não é filosofal
faz-se

terça-feira, junho 07, 2005

cachorro

sou bastante cavalheiro
com intenções de um cachorro
não quero seu coração,mas seu corpo
sou em parte verdadeiro
do outro lado mentira
o que me move é minha calma
e o que me para é minha pressa

aonde o vento soprar
quando for contra a maré
eu quero navegar
em qualquer direção
sentido ou contra-senso
que mande meu coração
ou fazendo o que penso

o que eu sinto é vazio
meu objetivo era esperar meu bem
mas quando a felicidade
passa voando bem alto
agente se esconde embaixo
de qualquer abrigo
com medo do perigo
de machucar como fui ferido

aonde começa o passado
o que acaba comigo
é não entender o presente
que você me entrega
de mãos abertas
acontece que meus poros
estão bastante recebtivos
mas meus vasos estão todos contraídos
eu tremia de frio
e agora me pele se enrijeceu de dor

já não sinto mais medo
arrependimento ou rancor
tudo o que eu quero
é descongelar minha dor

aonde aja abrigo
ou alguém que ande comigo
não vou estar fugido
seja onde for

meu lar é a estrada
meu endereço é perdido
sai, fui embora sem aviso
se me encontrar... me liga