terça-feira, agosto 23, 2005

águas passadas movem canetas sobre o papel

me perdi nas suas pupilas
e quase me afoguei
lágrimas lubrificavam
meu olhar de dor
e continuava perdido

vi tantas coisas bontias
reflexos dos meus sonhos
desejos e anseios
hipnotizaram-me
pensava que era tão superior
mas eu não percebi
pensei que vinhessem de ti

fui frágil no começo e no meio
da queda, submergindo
nada ágil na hora de esquecer
nadar pra cima pra respirar
fogo fátuo queima tão mais
e resiste por tempo demais
para apagar suas marcas

não entendo como intenso foi
e fácil se apagou
parecia tão real
como espelho que se toca
e nada se sente
além de frio e a sensação
de decepção que se segue
a todo pico de delírio
causado por uma paixão

não fui tonto
só burro e iludido
enfim, tudo que poderia ser
na pretensão incosequente
adolescente de paixão

depois de ti,
calmaria
cheguei ao tédio,
não minto
mas o prefiro
à alucinação
de ti

quinta-feira, agosto 18, 2005

sinto muito, mas ando escrevendo pouco

Ancioso pelo futuro... mas nossa, quando olho pro passado chega me dá ânsia, só que de vômito. Porque agente é tão burro? Porque busquei as coisas erradas e encherguei os sinais errados? Meu coração é muito burro!
Bom, pelo menos não fiz muita merda, nada que não se pudesse consertar... enfim, fudido, mas ainda vivo, como eu costumava dizer. Pra falar a vedade tô tão bem hoje em dia que nem usaria de novo essa frase. Acho que por isso mesmo eu não tô escrevendo muito, não tenho muita inspiração pras minhas crônicas-poéticas-byronianas... tento escrever sobre as coisas boas que acontecem comigo, tô tentando me acostumar a colocar bons sentimentos no papel.
Bom, esperem que daqui a pouco vem coisa nova por aí.

educação do coração em curso(soy brega, pero soy feliz!)

segunda-feira, agosto 01, 2005

Necessidade

prometo ser só teu enquanto formos livres
pertenço a nós dois enquanto formos sinceros
um com o outro
prometo te amar como posso
e não como posse minha
mesmo que deseje as vezes que fosse só meu
e que nunca tivesse sido de nenhum outro
mas se de outro fostes, de outro não és mais
e você tem seu própria escritura
não cabe a mim te demarcar
apesar do que esse seria um trabalho
que minha língua iria apreciar
prometo não ter metas,
mas tentar tudo que estiver ao meu alcance
ou mesmo tudo que eu ouse alcançar,
mesmo que eu não possa
pois você me dá força
por menos que pareça
você é que me sustenta

Ainda sinto o gosto
o tato, a textura, a maciez dos teus lábios
ele me marcam
marcas de amor
cicatrizes de prazer
bem fundo em mim
você me envolve
estou envolto em você

prometo nunca fazer promessas que não vá cumprir...
por isso minhas promessas vão parando por aqui