sábado, dezembro 31, 2005

monstrinhos

existem dias em que a verdade não dói
existem dias em que ela só consola
cola e recoloca as idéias
abrir as portas do nosso sotão
dos nossos pequenos segredos
que crescem em segredo
e vão se tonrnando mostrinhos
prontos pra nos devorar

guardadas, dúvidas se solidificam
e agente se endidvida com a verdade
quem sabe um pouco de coragem
quebre a barreira que criamos
que nos separa, em vez de proteger

descobrir um novo gosto
um novo cheiro, uma nova cor
em alguém já tão conhecido
de quem não se espera novidade
a cada nova idade experimentada
novas verdades desabrocham
e conhecê-las nem dói mais
pelo contrário, nos conforta
porque o coração já comporta
saber o que realmente se passa
já não é preciso fechar a porta
pra i pedir que o monstro saía
ele simplesmente vaporiza
em contato com o ar, oxida
e a gente segue com a vida
porque ela não para de correr

quarta-feira, dezembro 28, 2005

some :(:): drama


so this is it
is after the end
that begins the shit

now everybody is cheating
on your own feelings
make up everything
to look more dramatic

we start the theater
it's so exaustive
as a Triathlon
trying to handle it
begins the entertainment
oh, and how he mente
(he lies, he lies)
the public is waiting
(loosing my time)
til the tears start to fall down
oh, it's so sparkling
lágrimas tão sparkling
they created the spectacle
and they choose the drama
oh, they love some drama
how sparkling are the lágrimas
some, drama

so you play the victm
and I play the villain
cause it's the perfect excuse
for you not to feel guilty
and everybody understands it
it makes it much more simple
simplifica
simples fica
so they can understantd
they think they can understand
simple has never been
not simples like this
starts the clichê
and they change the cahnnel
to the televisa one
they can get this shit
they think they can understand

they can't
but they can't
even so, they try hard
like it was a soap opera
they search for fofoca
trying to guess the truth

but they never could
no, they never could
this is only between
you and me
and it stops here...
can you all hear?

they ask what happened
and why is all that shit
but they can't get it
no, they won't
they ask an explanation
i'd love to have one
but it's not to give them, damn
it's only our business, then

there is no one to blame
there isn't anyone guilty
in any relationship, and
I tried hard to built it
you try hard to keep it
but circunstances
and a much bad luck
consumed the relationship
but I won't let it consume us
to turn into a relationshit
i got away from it
won't play the game

segunda-feira, dezembro 26, 2005

ócio improdutivo, e com orgulho!

Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2005.

De volta à dura rotina das férias. Acabaram as festas de natal, que são uma bela distração nesse fim de ano de completa morgação. Voltamos a costumeira sucessão de retrospectivas e projetos para o próximo ano. Parece que essa semana que falta para o ano acabar dura realmente um ano de fim... Não acontece absolutamente nada, uma preguiça continental, como se já tivéssemos feito tudo que devíamos ter feito nesse ano.

Minha programação, porém, é agitadíssima. Dormir até 9h da manhã, depois passar mais uma hora com preguiça de se levantar, até ir para o banheiro, liberar o líquido filtrado durante o sono, escovar os dentes para acabar com o sono e voltar para ver tv. Cansei de ver tv, vou procurar alguma coisa para comer. Pregiuiça de comer... Mas é tão chato ficar com fome! Esse é o ser ou não ser das férias. Curtir a preguiça ou curtir o tempo livre. Parece que a preguiça sempre vence. Tenho milhões de livros pra ler. E tenho todo o tempo do mundo para lê-los. Então resolvo deixar para ler no restante do todo tempo do mundo. O mundo nem tem tanto tempo assim, pra falar a verdade. Quanto mais tempo eu tenho, menos eu faço.

Ócio improdutivo? É sim, e daí? Era o que me faltava essa de que temos que aproveitar o nosso tempo de folga para fazer algo útil... Agente não faz nada útil nem no tempo de trabalho, quanto mais no ócio. Para mim isso é só mais uma maneira do modo de produção vigente incutir na nossa cabeça que temos que ser produtivos... Férias produtivas não são férias, é horário flexível de trabalho. Não caia nessa!

Férias é tempo de não fazer nada, como durante todo o restante do ano, mas sem culpa nenhuma de não estar fazendo nada... ao contrário do restante do ano.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

marcas

eu tenho uma foto sua na minha carteira
eu tenho lembranças de você em cima da mesa
tenho seu cheiro ainda na minha cama
e o seu sorriso no brilho do meu sol

eu tenho tantas marcas suas em mim
e, pode ter certeza, nenhuma é cicatriz
são todos registros
de um tempo muito feliz
que eu quero que continue assim
eterno em memória
e que se renove na vida

só espero que você possa ser feliz
e que seja deprezível agora
o mal que eu te faço
frente ao bem que te fiz

sua dor é minha dor
porque eu posso sentir
em mesma intensidade ou maior
dentro e em volta de mim

o tempo vai curar, e só,
o tempo não leva nada
quem leva é o vento
e você não é efêmero
vai ficar

se é melhor bifurcar caminhos
é pra que não se desgaste nosso elo
mas se transforme
se renove
e quem sabe em breve
pare de doer
para que as memórias
se tornem somente saudosas
sem causar nenhuma tristeza

de te guardo somente o melhor
e é muita coisa
recorde de coisas boas
que eu vou sempre recordar

sábado, dezembro 10, 2005

qual a metade do infinito?

.
.




quando pequeno
queria ser grande
cresci só um pouquinho
e então já quis ser mínimo
poder passar despercebido
mas vendo o engano concebido
concluí: melhor ser progressivo

vi a vida pela janela
mas foi só pulando ela
que vivi a vida plena
e pintei a vida em tela

viajei por aí
encontrei com alguém
e então me perdi
alguém me encontrou
bateu na minha porta
e me devolveu eu
saudade do meu eco
o único que sempre
reponde e nunca mente

ele sempre me diz
que permanentemente
tudo é inconstante

e ainda assim agente
não consegue prever nada
o futuro sempre escapa
da nossa mão de vidente

descobri que na nossa palma
há sim o destino da alma
mas em vez de nela escrita
é com ela que se escreve

e que a minha voz
não entoa só lamentos
também encantamentos
e desata alguns nós
até os da garganta

foi então que aprendi
que o dom da previdência
está em deixar correr
todas as minhas reticências

esses fiapos de destinos
ínfimas frações do ínfimo
que me conectam com o mundo
me trazem exclamações
e pontos semi-finais
o que vem depois disso tudo?

eu tinha metade de nada,
depois de muitos infortúnios
consegui metade do tudo...
falta ainda o infinito!

terça-feira, dezembro 06, 2005

há um ano de fim ainda!

Tudo que eu sei é que agora a minha consciência fala e fica exposto que eu não tenho muita coisa a dizer. Eu só quero que passe logo e que o fim seja o melhor do que possa ser. E eu posso até no final me fuder, mas eu não me arrependo de nada, de nenhuma irreponsabilidade, de nenhuma loucura, de nenhum ''deixa pra lá que no final tudo dá certo'', nem de nenhum ''deixa pra lá, que tudo vai dar errado mesmo, então tanto faz''.

Nâo importam quais, tomei decisões, e elas já traçaram meu destino, da maneira menos determinista e mais ambígua possível. Tomara que dê tudo certo, mas mesmo se não der, valeu a pena. E no último ano eu desconstrui o meu mundo e reconstrui outro mais confortável e confiável pra mim. E eu talvez não tenha investido muito no futuro, coisa que sempre fiz, mas investi tanto no presente, que algo deve ficar. E o que eu plantei no passado, não foi perdido, pelo contrário, parece que agora finalmente parece começar a dar frutos.

Faz pouco tempo, mas parece que foi outra vida, já passou. E pela primeira vez eu olho com pura saudade, sem mágoa, nem arrependimento, mas ao mesmo tempo tendo a certerza de que eu fiz o melhor do que poderia ter feito. Tudo bem que errei muito, mas fiz muitos acertos, corri riscos, me risquei, me riscaram, e no final, finalmente sinto que escrevi uma história que vai ficar marcada em mim, não lá no fundo, mas estampada na cara do meu ser.

Não sou mais um menino puro, ingênuo e sem marcas, e isso é ótimo. Era bom ser como antes, é ótimo ser como agora e será maravilhoso ser o depois... mas eu nem estou pensando muito no terceiro! O que importa é que o agora é tudo o que eu tenho certeza, e tudo que está sob meu domínio, é tudo que eu preciso. O ano que vem, a vida que vem, eu vou correr atrás, e seja pra onde eu tenho que me dirigir, eu vou ir rápido, mesmo sabendo que serão rumos completamente desconhecidos, nunca antes desbravados.

Sinto de novo aquele medo saudável de não ter a mínima noção do que vai acontecer, e isso é tão bom... Não me sinto condenado, nem prestes a ser condecorado, e isso é ótimo! Não tenho destino feito, nada que me amarre, pelo contrário, muito fio pra tecer alguma coisa. Não estou solto só no espaço, mas também tenho liberdade o suficiente para oscilar entre tudo que eu quiser até escolher onde quero ficar.

E que no próximo ano tudo que tiver que dar errado dê errado, e que tudo que for pra dar certo, dê, porque eu não acredito em destino, eu acredito em sorte! E que o pior que acontece, é sempre o melhor do pior que poderia acontecer!

sexta-feira, dezembro 02, 2005

pra sair do hiato...

um textinho antigo, mas fofo, hehehe :


impulse!

não desperdície assim um amor
como quem joga uma roupa fora
você pode achá-lo antiquado
ou quem sabe um número mais largo

se não for esse o caso
quem sabe descosturado
mas até se é ruim
é bom mesmo assim

com o tempo se molda
aperta ou folga
pra falar a verdade

dilata e se contrai
no mesmo ritmo
a toda hora...

deixe-se irrigar:
o amor pulsa!