Eu quero poesia nas paredes
do meu quarto
Eu quero a minha sala
toda pinturizada
Eu quero cores vivas
na cesta de frutas
Eu quero uma luz bonita
no meu domingo à noite
Eu quero que as buzinas
se tornem melodia
Quero o dia-a-dia, até melancolia
Quero qualquerum, quero a meia-luz
Quero meio-tons, até saturações
Quero infinidades e o particular
Quero ver meus medos
causando mais que espanto
Quero perder a patente
da minha própria alegria
Quero ver minha tristeza
Sem olhos molhados
Quero escrever poesia
na extensão da tua pele...
E até escreveria,
se não fosse tão bonita
E já escrevesse em mim!
Enfim, eu quero padecer no paraíso,
passárgada no caminho ao lado da minha cruz...
Eu quero é que meus vazios se encham de éter!
sexta-feira, junho 30, 2006
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