ao bater de cílios
por cima dos fios
sobre a calçada,
pista casa gato muro chão
o fluxo contínuo interrompido
nós amarrados a cada poste,
pairando
paralelos
panorâmicos
sobre a textura dos dias,
asfalto
e lá embaixo
escorrendo
pelos vãos
e
dobras do cotidiano, esquinas,
meninas do sinal diruno,
saltimbancos do sinal de trânsito,
equilibristas do meio-fio, em abismo
ou garotas nas ruas escuras do centro,
nós, perpendicularmente isentos;
película do insulfilme,
cacos de vidro sobre o muro
e o tudo bem tudo bom
nos acenos de calçadas
opostas
sexta-feira, outubro 20, 2006
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7 comentários:
vamos bailar uhuhh no meio fio...
lembrei agora dessa musica com teu texto :) Rita Lee, acho q é do Arnaldo...
uhmmm, não conheço :)
vou procurar!
pelo menos inda não tem cerca elétrica
oposta
e perpendiculares.
po cara
gostei muito
você fala por códigos
desculpa, não foi minha intenção te magoar, todo escritor tem sua forma de se expressar, pelas mais diversas formas de figura, mas é que às vezes me bate um olhar tão simplicista, chega a ser medíocre. Que a poesia fosse algo mais próximo das pessoas, não dos literatos em si; figuras de linguagem são como códigos para elas e os poemas ficam para os poucos que conseguem interpretá-los, mas pelamordedeus, não vá deixar de usar tuas metáforas pelo que eu to falando, elas são incríveis ;p
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