Esse foi um poema que perdi várias e várias vezes; toda vez que tentava registrar, ou o papel sumia, ou o pc dava pane, ou caía um raio na minha cabeça, etc, enfim. O fato é que certo dia acabei reconstruindo o poema em verso, pela memória, direto aqui no blog. Fiquei satisfeito com o resultado na hora, mas depois nem tanto. Pois hoje achei a versão em prosa que tinha escrito há um tempo atrás, e qual não é minha surpresa que ela me parece bem melhor do que a versão versificada que fiz depois. Minha primeira tentativa de prosa poética, confiram aí ;)
para abrir depois do portão
aquilino e diagonal, atravesso o retrato da árvore pintado na janela do carro. paro, aprecio, até que olhares em alarme me coajam. sigo. tropeço sobre a sombra dos pássaros parados na lâmina do meio-fio. mais tempo perdido, sigo. me assombro com a passagem rápida dos carros, enquanto me equilibro nas pedras tortas do canteiro. sigo. no percurso, uma pausa para pensamentos, se não fosse o assédio da cidade, que torna-se turba no vão da pista. algazarra, silencio. sofro a coação da parada. o reflexo tremido, nervoso, do espelho do ônibus. me vejo passando feroz como a paisagem
ao puxar do fio, o pensamento se desata. mas não sem antes me escrever um bilhete, que engarrafado, jogo para que bóie no concreto e asfalto. e sigo.
para abrir depois do portão.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
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5 comentários:
é tu 1a tentativa em prosa? xp
mentira, ja vi varias =}
(entregueeeeei uhauhau o/)
eu gostei sim, besta =)
mas prefiro aqueles q eu ja te disse xp
=*
ah, em prosa poética é sim =p
os outros são tentativas de contos, esse é tentativa de prosa poética, heheh
ai é? xp
então vou acreditar =}
e amanhã tamo lá, né? ^^
e sigo :)
Hmmm! Tb prefiro o poema. Ele parece mais completo, mais elaborado, mais rico.
Esta prosa, comparada ao poema, parece-se com um rascunho, com aquela luzinha que acende nos dando a decisão de colocar aquilo no papel.
Mas nem por isso é menos bela!
Beijos!
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