domingo, abril 29, 2007

Não tem título

Sabe como ama um gato
um amor que não é fácil
e s'indolor

um amor não automático
um amor que indiferente
convivência sutilmente
todo o dia
e vela (`)a noite

meu deus como é bonito
que brilho é esse
de sol dentro da noite
quando tu me olha assim
tão penetrante indiferente

notar
depois de um dia inteiro
o gato
imóvel em cima da cama
ao lado do jarro das flores do armário

como pode amar assim um gato

5 comentários:

Vera Lucia (a mão que afaga o gato) disse...

O gato pode amar assim talvez "porque ele só aceita uma relação de independência e afeto, só admite afeto com troca e respeito pela individualidade e não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser." Arthur da Távora.

Olá Bruno,
passei por aqui para agradecer seu comentário, conhecer seus blogs e lhe responder aquela pergunta. Não, infelizmente não sou a Anna Lee que musicou poemas do Ricardo Corona e do Floriano Martins. Um beijo grande!

Pedro Nakasu disse...

Mais uma vez o poema me confunde, mas gostei dessa confusão, meio que termina o que não começou e começa o que não terminou.

Lunna Guedes disse...

"meu deus como é bonito
que brilho é esse
de sol dentro da noite
quando tu me olha assim
tão penetrante indiferente"

Gato? Bem, eu viajei por além de uma outra existência... Fui através das imagens que me surgiram e de repente vi o tal gato. Risos.
Beijos

Sâmela disse...

Que lindo! Adorei! Parabens.
Eu amo um gato. rsrs

Alê G. disse...

Há tempos não passava por aqui!
descrição única esta sua... devo confessar que depois disso, olho diferente para gatos - e antes tanta antipatia. engraçado que a mudança foi justo ao ler sobre o olhar penetrante e indiferente - a indiferença que tanto me fazia ressentir deles [gatos].
é, poemar é convencer e refletir sentimentos seus nos outros. poemaste muito bonito!