talvez
haja pra sempre
um vazio em mim
cheio de você
sexta-feira, dezembro 24, 2010
domingo, novembro 28, 2010
Ah,
se minha vida ao menos tivesse um enredo... Não ficaria aqui
deitado, olhando pro teto, me espantando com a sombra que o ventilador branco impõe
sobre o teto branco, me apegando aos buracos da calçada e ao prédio que avisto ao longe no
caminho pra casa.
*texto que eu encontrei aqui de 2006, parte de um conto que eu nunca terminei.
deitado, olhando pro teto, me espantando com a sombra que o ventilador branco impõe
sobre o teto branco, me apegando aos buracos da calçada e ao prédio que avisto ao longe no
caminho pra casa.
*texto que eu encontrei aqui de 2006, parte de um conto que eu nunca terminei.
quarta-feira, janeiro 20, 2010
ao feto
às vezes, eu queria me pegar no colo
ser meu próprio pai
me aninhar nos meus braços
cuidar de mim
mas me deixo ao relento
a testa encostada no vidro de uma janela
sombras de gotas de chuva
me escorrendo o rosto
às vezes,
me embalando
entro em transe
percorro em mim
labirintos que não têm nome
nem fio de ariadine que me retorne à superfície
cuido-me como a um outro
e tanto e tão intensamente
que não resta qualquer alteridade
esse amor umbilical
se enrolando no pescoço
de um feto impossível
ser meu próprio pai
me aninhar nos meus braços
cuidar de mim
mas me deixo ao relento
a testa encostada no vidro de uma janela
sombras de gotas de chuva
me escorrendo o rosto
às vezes,
me embalando
entro em transe
percorro em mim
labirintos que não têm nome
nem fio de ariadine que me retorne à superfície
cuido-me como a um outro
e tanto e tão intensamente
que não resta qualquer alteridade
esse amor umbilical
se enrolando no pescoço
de um feto impossível
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