quinta-feira, setembro 22, 2005

contra-(o)-ataque

não posso adiar meu ódio,
ele é urgente demais
e muito grande pra se guardar
melhor cuspi-lo que chorá-lo
causando mais dano ao alvo
que ao atirador, aliviado

meu amor porém sempre espera
se esconde, receoso
louco pra sair pelado no meio da rua
gritando amor e encanto com a vida
mas se escondendo atrás da dúvida

o amor é muito controlável
só não no estado de paixão
que é também o menos válido
fulgás e abobalhado

devia dispará-lo sem receio
sem mira, sem freio
atacando a tudo e a todos
fincando beijos e abraços
declarações e olhares
tão fortes como uma tempestade
daquelas feitas de mísseis
num desses países em guerra

não devia ter misericórdia ao amar
não devia permitir que devolvessem-no
nem que me doasse tanto que ficasse nu
não devia se esperar permissão
pra carinhos, pra desejos, pra sorrisos
não devia ter nenhuma restrição
tanto faz amigo, vizinho ou vilão

todo camponês merece pedaços de terra de cada coração

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa...foi tu msm q escreveu?!! adorei, mt bom! qdo atualizar, me avisa!
=***

Bruno disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Bruno disse...

Nuuuossa!!!!
The best EVER!!!!!
Putz...Muito certo tudo isso que vc disse! Engraçado q eu era exatamente assim - fazia questão de explicitar meus "sentimentos ruins", mas ficava escondendo os bons, ou O bom...
Aí eu resolvi mudar - "disparei" meu amor sem medo de ser feliz!
Mas n deu certo...
Porém, ainda estou vivo e isso é o que importa. Valeu a pena "cuspir" tudo.
Pois é...
Assim é a vida.
Keep up the good work, guy!
See u!