terça-feira, setembro 27, 2005

Forbidden Love

E eles se escondiam para amar, olhem que ironia! Enquanto o ódio e a violência era escancarados no rosto e no punho de muitos, seu amor era velado. Não era por covardia, não era medo, mas questão de sobrevivência. Nessa selva urbana as vezes você se cansa de ter que se enfrentar um, doi, três leões por dia. Ser alvejado por todos os lados, saber se defender do agressor e ao mesmo tempo comprendê-lo, ser superior... entre tanta gente baixa isso parece até ser fácil, mas fica difícil responder tanta hostilidade com algo sublime. Não quje não tentassem, tentavam, e como. Já haviam enfrentando muito, tudo que foi necessário para viverem em paz. Antes de se expor tiveram que vencer a batalha-mor, muito mais difícil do que qualquer confronto externo: a interna. Agora que estavam resolutos do que queriam, e sabiam que aquilo era belo, porque decerto era amor e não deturpação como quase tudo que se espalhava com orgulho pelo opi(o)nismo das pessoas. Sexo não é a principal coisa da vida de nenhuma pessoa, o que não diminui sua importância. Mas acima de tudo estão as pessoas, as vezes tão sem importância, as vezes pessoas são simplesmente pessoas... e isso é maravilhoso. Pessoas não são melhores. nem piores, nem abusadores, nem vítimas, pessoas são medíocres e maravilhosas ao mesmo tempo, só que em planos paralelos... que se cruzam ao mesmo tempo. A como o hibidrismo e a amibiguidade enriquecem nosso modo de ver o mundo!

Viviam seu amor como podiam, às vezes com hora e tempo marcado, as vezes com hora e tempo roubado, mas sempre com um tempo e espaço que era deles. Faziam coisas condenáveis pela moral e ética judaico-cristã-ocidental, mas a mesma já o condenava simplesmente por existirem de qualquer maneira. Podiam ser considerados os mais devassos entre todos, mas eram os únicos que não infrigiam nenhum dos dez mandamentos. Não matava, não roubavam, não traiam, não desejavam ninguém comprometido, só desejavam a si mesmos, e para muitos isso era proibido. Tolo mundo que possui exceções para a proibição da violências, como a imoralidade de toda guerra, e restrições para o amor, como se todos eles não fossem válidos.

De qualquer maneira lutavam, e a maneira mais devastadora possível: eram felizes, vivendo seu amor a qualquer custo. Exibiam desavergohadamente seus sorrisos, suas risadas, suas demonstrações de carinho. Em contraste com a arrogância do exército que espunha seu ódio vil com orgulho, aquilo ficava escandaloso... e assim iam contaminando as pessoas ao seu redor... Vamos subverter valores, let's just love!

6 comentários:

Bruno disse...

"Podiam ser considerados os mais devassos entre todos, mas eram os únicos que não infrigiam nenhum dos dez mandamentos."

Isso é um tapa na cara de muita gente!
Valeu o texto só por essa frase...
Parabéns!

Anônimo disse...

Melhor do q ler e conhecer o q vc escreve eh viver...obrigado por tudo e q o nosso amor ultrapasse barreiras e q seja como um rio q transborda...vc eh especial em minha vida,meu amor...

Bruno disse...

http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=8494992453864401500

oops, my mistake....

acho q é isso

Lara disse...

pergunta inusitada. Quer ser meu amigo? :)

Anônimo disse...

muuuuuuuuuuiiiiiiiiiito bom!!!!!!!
vc continua sendo transparente como sempre em sua ''poesias''. continue assim meu anjo!

Henrique disse...

adorei esse texto! A ética vem de nós. e realmente a ambiguidade enriquece cada um. mas é perigosa.
é isso. é isso mesmo, a felicidade espreita-nos, mas ela sempre se confunde com a tristeza. E as vezes é tão difícil!
Isso nos faz encarar a realidade de uma forma melhor!
Viver é subverter eternamente.
seu texto é realmente muito bonito.
valeu!