quinta-feira, dezembro 14, 2006

para abrir depois do portão - velha versão

Esse foi um poema que perdi várias e várias vezes; toda vez que tentava registrar, ou o papel sumia, ou o pc dava pane, ou caía um raio na minha cabeça, etc, enfim. O fato é que certo dia acabei reconstruindo o poema em verso, pela memória, direto aqui no blog. Fiquei satisfeito com o resultado na hora, mas depois nem tanto. Pois hoje achei a versão em prosa que tinha escrito há um tempo atrás, e qual não é minha surpresa que ela me parece bem melhor do que a versão versificada que fiz depois. Minha primeira tentativa de prosa poética, confiram aí ;)



para abrir depois do portão



aquilino e diagonal, atravesso o retrato da árvore pintado na janela do carro. paro, aprecio, até que olhares em alarme me coajam. sigo. tropeço sobre a sombra dos pássaros parados na lâmina do meio-fio. mais tempo perdido, sigo. me assombro com a passagem rápida dos carros, enquanto me equilibro nas pedras tortas do canteiro. sigo. no percurso, uma pausa para pensamentos, se não fosse o assédio da cidade, que torna-se turba no vão da pista. algazarra, silencio. sofro a coação da parada. o reflexo tremido, nervoso, do espelho do ônibus. me vejo passando feroz como a paisagem
ao puxar do fio, o pensamento se desata. mas não sem antes me escrever um bilhete, que engarrafado, jogo para que bóie no concreto e asfalto. e sigo.

para abrir depois do portão.

5 comentários:

Marília Passos disse...

é tu 1a tentativa em prosa? xp
mentira, ja vi varias =}
(entregueeeeei uhauhau o/)

eu gostei sim, besta =)
mas prefiro aqueles q eu ja te disse xp

=*

bruno reis disse...

ah, em prosa poética é sim =p

os outros são tentativas de contos, esse é tentativa de prosa poética, heheh

Marília Passos disse...

ai é? xp
então vou acreditar =}

e amanhã tamo lá, né? ^^

Anônimo disse...

e sigo :)

Lediana Aquino disse...

Hmmm! Tb prefiro o poema. Ele parece mais completo, mais elaborado, mais rico.

Esta prosa, comparada ao poema, parece-se com um rascunho, com aquela luzinha que acende nos dando a decisão de colocar aquilo no papel.

Mas nem por isso é menos bela!

Beijos!