terça-feira, dezembro 19, 2006

talvez um gesto

desfizesse o enigma do teu rosto
mas meus olhos são setas claras e duras,
e os teus, entre feridos e culpados,
me encaram

na paralisia em que hesito
há lábios que se crispam
sobrancelhas contraídas
mas mãos abertas e alheias

não desfaço minha face, nem a tua,
e no silêncio de um instante
sequer balbucios entre nós dois

até lembrarmos dos olhos,
estes imunes ao silêncio,
a brisa sopra
entre paralelos e estáticos
nos derrubando lentamente,
dois retratos

6 comentários:

Anônimo disse...

adoro o verso último, tinha 1 coisa q dpois te digo ;*

Lara disse...

a marilia tb gostou do final.
eu tb.
A impressão que dá é que ele é rápido: Um segundo apenas. Daqueles que duram horas.

Marília Passos disse...

a impressão que dá é sabe qual?
war =}
a guerra dos dois. era isso q tu queria passar? as setas, "entre feridos e culpados"?

eu gostei mto dessa imagem. se foi trabalhada ótimo, se foi casual meus parabens mais ainda =}
e ei, eu só mudaria uma coisinha, miúda,
"sequer balbucios entre nós dois", tiraria o "dois", q parece q sobra, no som ou por excesso msm. q q tu acha?

e o fim é tudo :)

"entre paralelos e estáticos
nos derrubando lentamente,
dois retratos"

(e "poooorra xp" neh) hehehe o/

bruno reis disse...

fiquei em dúvida sobre esse ''dois'' mesmo, marílai, achei que ficava estranho sem, apesar de achar que não seria exatamente a melhor solução. vou pensar direitinho aqui. não sei se era uma guerra guerra, era mais um momento de tensão, que aparentemente não se desenvolve, mas é em si mesmo o auge da tensão. não é possível ir além dali, da eminência de uma discussão. mas tb acho que não vale explicar tanto assim, ehehhe

=****(a todos)

Marília Passos disse...

gostei ainda assim xp
guerra pouca ou guerra mta=}

beijo, néks=*

Pedro Nakasu disse...

eu sinto