segunda-feira, dezembro 26, 2005

ócio improdutivo, e com orgulho!

Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2005.

De volta à dura rotina das férias. Acabaram as festas de natal, que são uma bela distração nesse fim de ano de completa morgação. Voltamos a costumeira sucessão de retrospectivas e projetos para o próximo ano. Parece que essa semana que falta para o ano acabar dura realmente um ano de fim... Não acontece absolutamente nada, uma preguiça continental, como se já tivéssemos feito tudo que devíamos ter feito nesse ano.

Minha programação, porém, é agitadíssima. Dormir até 9h da manhã, depois passar mais uma hora com preguiça de se levantar, até ir para o banheiro, liberar o líquido filtrado durante o sono, escovar os dentes para acabar com o sono e voltar para ver tv. Cansei de ver tv, vou procurar alguma coisa para comer. Pregiuiça de comer... Mas é tão chato ficar com fome! Esse é o ser ou não ser das férias. Curtir a preguiça ou curtir o tempo livre. Parece que a preguiça sempre vence. Tenho milhões de livros pra ler. E tenho todo o tempo do mundo para lê-los. Então resolvo deixar para ler no restante do todo tempo do mundo. O mundo nem tem tanto tempo assim, pra falar a verdade. Quanto mais tempo eu tenho, menos eu faço.

Ócio improdutivo? É sim, e daí? Era o que me faltava essa de que temos que aproveitar o nosso tempo de folga para fazer algo útil... Agente não faz nada útil nem no tempo de trabalho, quanto mais no ócio. Para mim isso é só mais uma maneira do modo de produção vigente incutir na nossa cabeça que temos que ser produtivos... Férias produtivas não são férias, é horário flexível de trabalho. Não caia nessa!

Férias é tempo de não fazer nada, como durante todo o restante do ano, mas sem culpa nenhuma de não estar fazendo nada... ao contrário do restante do ano.

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