terça-feira, dezembro 06, 2005

há um ano de fim ainda!

Tudo que eu sei é que agora a minha consciência fala e fica exposto que eu não tenho muita coisa a dizer. Eu só quero que passe logo e que o fim seja o melhor do que possa ser. E eu posso até no final me fuder, mas eu não me arrependo de nada, de nenhuma irreponsabilidade, de nenhuma loucura, de nenhum ''deixa pra lá que no final tudo dá certo'', nem de nenhum ''deixa pra lá, que tudo vai dar errado mesmo, então tanto faz''.

Nâo importam quais, tomei decisões, e elas já traçaram meu destino, da maneira menos determinista e mais ambígua possível. Tomara que dê tudo certo, mas mesmo se não der, valeu a pena. E no último ano eu desconstrui o meu mundo e reconstrui outro mais confortável e confiável pra mim. E eu talvez não tenha investido muito no futuro, coisa que sempre fiz, mas investi tanto no presente, que algo deve ficar. E o que eu plantei no passado, não foi perdido, pelo contrário, parece que agora finalmente parece começar a dar frutos.

Faz pouco tempo, mas parece que foi outra vida, já passou. E pela primeira vez eu olho com pura saudade, sem mágoa, nem arrependimento, mas ao mesmo tempo tendo a certerza de que eu fiz o melhor do que poderia ter feito. Tudo bem que errei muito, mas fiz muitos acertos, corri riscos, me risquei, me riscaram, e no final, finalmente sinto que escrevi uma história que vai ficar marcada em mim, não lá no fundo, mas estampada na cara do meu ser.

Não sou mais um menino puro, ingênuo e sem marcas, e isso é ótimo. Era bom ser como antes, é ótimo ser como agora e será maravilhoso ser o depois... mas eu nem estou pensando muito no terceiro! O que importa é que o agora é tudo o que eu tenho certeza, e tudo que está sob meu domínio, é tudo que eu preciso. O ano que vem, a vida que vem, eu vou correr atrás, e seja pra onde eu tenho que me dirigir, eu vou ir rápido, mesmo sabendo que serão rumos completamente desconhecidos, nunca antes desbravados.

Sinto de novo aquele medo saudável de não ter a mínima noção do que vai acontecer, e isso é tão bom... Não me sinto condenado, nem prestes a ser condecorado, e isso é ótimo! Não tenho destino feito, nada que me amarre, pelo contrário, muito fio pra tecer alguma coisa. Não estou solto só no espaço, mas também tenho liberdade o suficiente para oscilar entre tudo que eu quiser até escolher onde quero ficar.

E que no próximo ano tudo que tiver que dar errado dê errado, e que tudo que for pra dar certo, dê, porque eu não acredito em destino, eu acredito em sorte! E que o pior que acontece, é sempre o melhor do pior que poderia acontecer!

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara isso é ótimo.
No meu ano de vestibular eu me senti assim, sem noção nenhuma do que eu poderia estar fazendo no ano seguinte.
Concordo com voce em muitas coisas.
É realmente bom as vezes sentir essa liberdade relativa.
e esse título? muito bom!
boa sorte no teu vestibular aí!
tchau!

Anônimo disse...

vais abandonar a velha escola?